atualizado em 18/05/2021
O mês de maio é destinado à campanha de conscientização à prevenção das Hepatites Virais, sendo nomeado "Maio Vermelho" em apoio a essa causa.
A hepatite é uma inflamação no fígado e pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas e, também, por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais podem ser dos tipos A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, as mais comuns são as do tipo A, B e C. O maior problema das hepatites virais é que os seus sintomas costumam ser bem silenciosos, muitas vezes passando despercebidos até que surja uma complicação da doença.
As hepatites quando apresentam sintomas são em forma de fadiga, dores musculares, dores nas articulações, dores abdominais, perda de apetite, náuseas, diarreia, febre baixa, urina bem escura e fezes, pele e olhos amarelados.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
A transmissão da hepatite A ocorre ao se consumir água ou alimentos contaminados por fezes infectadas, principalmente quando o saneamento básico e higiene pessoal são precários. A hepatite B é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e também pode ocorrer durante a gestação ou o parto, pelo compartilhamento de seringas, agulhas, materiais de higiene pessoal e por transfusão de sangue contaminado.
A hepatite C pode ser transmitida e evitada das mesmas formas da hepatite B. Porém, a hepatite C também pode estar relacionada a diabetes tipo 2 e evoluir para quadros mais graves, como insuficiência hepática, cirrose e câncer, antes mesmo do diagnóstico. Menos frequente, o contágio pelo vírus da hepatite D acontece em conjunto ou após a contaminação pelo vírus do tipo B. Já a transmissão da hepatite E são semelhantes aos da Hepatite A, mas esse é o tipo da doença mais raro no Brasil.
Para se prevenir nada melhor que saneamento básico adequado, tratamento de esgoto e de água. Além disso, adotar hábitos de higiene, lavando as mãos sempre após ir ao banheiro, durante a preparação de refeições e ao chegar em casa é fundamental.
O Ministério da Saúde afirma que para os tipos A e B a vacina é uma das formas de prevenir. Quem se vacina para o tipo B, também se imuniza para o tipo D. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Para os demais vírus, não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.
Como visto as hepatites virais, apesar de se manifestarem de maneira discreta, podem trazer sérias consequências de saúde. Por isso, não deixe de realizar os exames de rotina para que seja possível identificar essa doença ainda em seu estágio inicial e receber o tratamento adequado.
Dr. Marcelo de Oliveira
Médico Coordenador da Área de Saúde do Seconci Paraná
Com informações de: IOP, HSVP, BVSMS e Vida Saudável.