publicado em 05/11/2021

O assédio moral no trabalho é uma realidade enfrentada por milhares de trabalhadores. Humilhações, chantagem psicológica e discursos velados de ódio são alguns exemplos de violências que diversos trabalhadores podem enfrentar no dia a dia de sua organização.

No que consiste o assédio moral no trabalho?

O assédio moral no trabalho pode ser compreendido enquanto toda conduta abusiva geradora de violência, que manifesta-se das mais variadas formas através de comportamentos, gestos, palavras, atos, humilhações, coerções, entre outros, que podem trazer prejuízo psíquico e dano à dignidade e integridade de uma pessoa. Para além de uma situação de conflito, o assédio moral é entendido enquanto uma relação de abusos hierárquicos e de poder, permeados de dominação e intencionalidade.

Como posso identificar uma situação de assédio moral no ambiente de trabalho?

Atentando-se ao fato de que o assédio moral, em grande parte das vezes, é uma violência que não se expressa pela via física, seu caráter de "invisibilidade" faz com que se dificulte os meios para a sua identificação, uma vez que as marcas que ficam são de caráter psicológico.

É importante destacar que mulheres e homens vivenciam o assédio moral no trabalho de formas diferentes, pois as mesmas enfrentam essas situações de forma mais frequente que os homens. Esse assédio ocorre de diferentes maneiras, como por exemplo, abusos e agressões verbais em formas de piadas relacionadas a aparência física e forma de se vestir, no entanto, são elas que mais procuram por auxílio, seja ele médico ou psicológico.

Quais consequências podem decorrer diante a experiência de vivenciar uma situação de assédio?

Por ser fruto de perseguições e constantes pressões - para o atingimento de metas, por exemplo - o assédio moral pode apresentar como consequência aos trabalhadores, quadros de ansiedade, estresse, má qualidade de sono e depressão, ou seja, traz implicações diretas na saúde física e psíquica.

Como agir diante uma situação de assédio?

Nesse sentido, uma vez que assume-se que a ocorrência do assédio moral no ambiente de trabalho é uma constante para os trabalhadores, faz-se necessário que medidas para o seu enfrentamento sejam tomadas. Sendo assim, a organização ganha um papel fundamental no combate frente ao assédio presente nestes ambientes, e a mesma deve se ocupar por desenvolver estratégias, tanto na prevenção como no combate ativo da problemática. Dentre as diversas ações possíveis, podemos falar sobre a criação de ouvidorias internas e confiáveis dentro das organizações, responsáveis por receber as denúncias e repassar aos agentes responsáveis pelo agressor. É de suma importância que as denúncias não se tornem meros registros numéricos, mas que os sujeitos agressores sejam responsabilizados por suas condutas, intervindo de maneira ativa nessas situações. Também é necessário que a própria empresa se manifeste acerca dos comportamentos intoleráveis dentro da sua organização, estabelecendo um padrão de comportamento esperado entre os funcionários, explicitando de modo claro o que é o assédio e que ele não deve estar presente nas relações organizacionais. Por fim, a assistência psicológica ao trabalhador pode ser também necessária.

O assédio moral e outras demandas relacionadas à saúde do trabalhador são foco dos atendimentos psicológicos oferecidos pelo projeto Vida e Equilíbrio, desenvolvido pelo Seconci e o Sinduscon Paraná, que está com vagas abertas! O projeto tem o objetivo promover a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores das empresas do setor e se dispõe a proporcionar um ambiente de escuta e de acolhimento aos problemas individuais dos colaboradores da construção civil. Isso acontece através de um Plantão Psicológico, um atendimento breve, que atende o paciente de maneira individual, no momento em que ele está necessitando, e acontece de forma gratuita, tanto para a empresa como para o trabalhador.

Interessados em participar devem entrar em contato com a Assistente Social do Seconci-PR através do e-mail assistentesocial@sindusconpr.com.br ou pelo telefone fixo e whatsapp (41) 3051-4370